terça-feira, 31 de março de 2009

Primeiro hotel voador do mundo já tem voo inaugural marcado.


Desde 2004, uma empresa trabalha na construção do "Hotelicóptero". O projeto, duplamente pioneiro, foi idealizado a partir da aeronave Soviética Mil-V-12 e pretende ser "o maior helicóptero do mundo" e "o primeiro hotel do mundo a voar".
A experiência à bordo do "Hotelicóptero" está longe de ser a mesma de um simples hotel. A enorme máquina voadora tem áreas de entretenimento privado, serviço de quarto, SPA, jogos e até um jardim.
O hotel tem 18 quartos luxuosamente elaborados para proporcionar uma experiência de viagem única e memorável. Cada cômodo é equipado com uma cama de tamanho queen, lençois finos, um mini-bar, máquina de café, acesso à internet sem fio e todos os luxos que um hóspede esperaria de um hotel cinco estrelas.
Um detalhe: o serviço de quarto do "Hotelicóptero" funcionará uma hora depois da decolagem e antes do desembarque.
O voo inaugural do hotel voador está programado para o dia 26 de junho, por preço ainda não divulgado.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Shark, o futuro do carro sem rodas.




Antecipar como será o carro no futuro é um dos exercícios que os designers e engenheiros de todo o mundo mais apreciam. É o Audi Shark, projeto vencedor do mais recente concurso de design promovido pela Audi não é diferente. Trata-se de um hovercraft, veículo que desliza sobre um bolsão de ar, idealizado pelo turco Kazim Doku, cujas linhas realmente remetem a um tubarão.
Além de projetar um veículo futurista, com design arrojado, o modelo ainda traz elementos presentes no estilo dos modelos atuais da marca, como o elemento lateral do R8 e as lanternas do S3, além do formato das lanternas de LEDs, assinatura de todos os novos modelos da marca das quatro argolas.
Como prêmio, Doku ganhou uma bolsa de estudos de 70% na famosa e prestigiada Domus Academy, da Itália. Além do concurso da Audi, o turco ainda foi finalista em um concurso mundial promovido pela Peugeot e foi o vencedor em uma competição promovida pela Ford na Turquia.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Mercedes-Benz cria carro elétrico com rodas de bicicleta.



F-CELL Roadster é movido a células de combustível e chega aos 25 km/h. Modelo foi projetado e construído por 150 novatos da empresa.
Apesar dos tempos de crise, a Mercedes-Benz manteve todas os programas do caro desenvolvimento de combustíveis alternativos, inclusive, o projeto que inclui apenas os trainees que acabaram de ingressar na empresa.
E os novatos não decepcionaram ao criar o protótipo “F-CELL Roadster” movido a células de combustível.
Ele foi projetado em construído em um ano e envolveu o trabalho de 150 trainees de diversas áreas da empresa.
O F-CELL Roadster combina o estilo dos primeiros modelos construídos pela marca no século passado, como as rodas de “bicicleta”, com a mais alta tecnologia dos dias atuais, presente nas peças de fibra de carbono e no joystick central que controla o carro.

O sistema de propulsão desse protótipo movido à células de combustível tem um motor elétrico com 1,2 kilowatts (cerca de apenas 2 cavalos de potência), atinge os 25 km/h de velocidade máxima e tem autonomia de 350 quilômetros.

Torneira para ler e-mails.

O design, diferenciado e futurista, já chama a atenção por si só.
Mas o grande charme da torneira SmartFaucet, criada pela iHause, vai além da forma e chega no seu conteúdo. Sim, ela tem – literalmente – conteúdo.
Para começar, um sensor com leitor facial reconhece quem a aciona e, eletronicamente, adapta o fluxo e a temperatura da água de acordo com o usuário.
Para ninguém tomar um susto com a água gelada no inverno, sabe? Outra maneira de avisar se a água está quente ou fria é a cor do bocal, que varia do vermelho para o azul – com todas as variações no intervalo delas – de acordo com a temperatura da água.
Tem mais: o painel é touchscreen e também informa a previsão do tempo, sua agenda de compromissos do dia e… abre sua caixa de e-mails! Imagine: ler seus e-mails enquanto escova os dentes ou faz a barba? Demais, não?
A SmartFaucet estará em São Paulo durante a FEICON 2009 – Feira Internacional da Indústria da Construção –, que acontece de 24 a 28 deste mês, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Dupla Osgemeos faz exposição no Rio de Janeiro.






Otávio e Gustavo começaram a grafitar no final dos anos 80 , no bairro do Cambuci (zona sul de São Paulo), onde nasceram.
Eles militavam no movimento hip hop, quando este alcançava o auge no Brasil. Além de grafitar, a dupla percorria a cidade fazendo apresentações de break (modalidade de dança de rua que, juntamente com o rap e o próprio grafite, são marcas do movimento nascido nos EUA, na década de 70).
"A gente frequentava a Estação São Bento (do Metrô), que na época era o ´point´ dos caras que curtiam hip hop", conta Gustavo.
Os irmãos paulistanos Otávio e Gustavo Pandolfo - gêmeos idênticos -, 32 anos, que têm muros grafitados nos quatro cantos do planeta - EUA (Nova York, Los Angeles, São Francisco), Austrália, Alemanha, Portugal , Itália, Grécia, Espanha, China, Japão, Cuba, Chile e Argentina.

A dupla de artistas osgemeos fará sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro entre os dias 24 de Março e 17 de Maio.
A exposição Vertigem, dos gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo é a nova instalação do CCBB Rio de Janeiro, que ocupa três salas, com pinturas, esculturas e objetos sonoros.
As pinturas seguem as características já conhecidas da dupla, como as figuras humanas com olhos pequenos e bem separados, as cores vivas e ambientes fantasiosos.
São figuras humanas de pele amarela, olhos separados e roupas super coloridas, pintadas em painéis de madeira. Seus personagens têm influência do folclore ou do cotidiano urbano brasileiro, que refletem contradições do mundo contemporâneo.
Uma das esculturas de Vertigem é um cubo-cabeça, suspenso no ar, intitulado Luminescence, em que o visitante encaixa sua cabeça e dá uma visão infinita das pessoas. O interior do cubo é coberto de espelhos e pequenas luzes.Cabeça é uma instalação móvel, constituída de um grande tronco humano com os braços abertos, sobre um Fusca que anda de verdade.
Os objetos sonoros, instrumentos musicais em formato de caixas, estão agrupados em uma parede, e podem ser acionados pelo espectador através de uma mesa de som.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Arquivos fotográficos da revista Life estão disponíveis na web.

Os arquivos fotográficos da lendária revista americana Life, que produziu algumas das imagens icônicas do século XX, estão agora disponíveis na Internet, anunciou o grupo Time, proprietário da antiga revista.
Clique aqui pra ver.

Segundo a Time, as cerca de 10 milhões de fotografias estão abrigadas em um site do Google, e poderão ser vistas no endereço images.google.com/hosted/life e através do Google Images.
A coleção inclui obras de grandes nomes da sexta arte, como Alfred Eisenstaedt, Margaret Bourke-White, Gordon Parks e W. Eugene Smith. Há também o filme de um cinegrafista amador que registrou o momento do assassinato do presidente americano John Fitzgerald Kennedy em 1963.
De acordo com o grupo, 97% das fotos nunca foram publicadas. "Escaneamos milhões de imagens e as disponibilizamos no Google Image Search hoje; todas as 10 milhões de fotografias estarão disponíveis nos próximos meses", indicou a Time no comunicado.

quinta-feira, 19 de março de 2009

De carro a avião em apenas 30 segundos.




Uma empresa americana anunciou nesta semana o primeiro teste de um protótipo de carro voador, com uma autonomia de vôo de mais de 700 km. O protótipo Transition, com capacidade para duas pessoas e velocidade máxima de 185 km/h no ar, pode ser transformado de carro em avião em apenas 30 segundos pelo piloto, segundo a companhia Terrafugia, que desenvolveu o projeto.
Movido a gasolina comum, o protótipo apresentado nesta semana em Boston, nos Estado Unidos, tem tração nas rodas dianteiras para circular nas ruas e um propulsor para o vôo. Quando está com sua configuração como carro, tem um tamanho que permite que seja guardado em uma garagem comum.
Para os responsáveis pelo projeto, ele terá o potencial para "mudar o mundo da mobilidade pessoal". "Os deslocamentos agora se tornam uma experiência integrada terra-ar sem dores de cabeça. É o que os entusiastas da aviação vêm buscando desde 1918", disse Carl Dietrich, presidente Terrafugia. Mas mesmo se o protótipo for aprovado e lançado comercialmente, a experiência deverá ser para poucos.
Por ser categorizado como uma aeronave esportiva leve, ela requer uma licença especial de piloto esportivo para pilotá-la. Além disso, o preço final de cada carro voador ficará em torno de US$ 200 mil (cerca de R$ 460 mil).
A empresa já abriu uma lista de espera para a compra das primeiras aeronaves produzidas, que espera colocar no mercado a partir de meados do ano que vem.
Para os interessados em ter seu nome na lista de espera, a companhia exige um depósito de US$ 10 mil (cerca de R$ 23 mil).

quarta-feira, 18 de março de 2009

Agroglifos. Humanos ou alienígenas?







No final de 2008, a cidade de Ipuaçu, localizada a 511 quilômetros de Florianópolis (SC), foi o centro das atenções de ufólogos e curiosos. Tudo porque duas propriedades daquela cidade amanheceram com estranhas marcas em suas plantações. Mas que fenômeno é esse, batizado de agroglifos?

Também conhecido por círculos nas plantações (crop circles) ou círculos ingleses, são desenhos, quase sempre em padrões geométricos, que aparecem em plantações de cereais em todo o mundo desde meados da década de 70. O primeiro caso registrado foi na Inglaterra, entre 1647 e 1678 – a data é incerta entre os pesquisadores. É também em solo inglês onde está a maioria dos casos registrados no mundo. No entanto, o fenômeno já foi observado em países como Estados Unidos, França, Japão, Canadá, Holanda, Hungria, Rússia, Brasil, entre outros.
No início, os desenhos apareciam exclusivamente em plantações, mas estudiosos já encontraram os mesmos sinais em superfícies como neve, areia e lagos congelados. A maior discussão em torno do assunto diz respeito à veracidade desses desenhos. Os céticos acreditam que tais marcas são produzidas pelo homem, enquanto muitos ufólogos dizem que algumas são, sim, produzidas, mas outras aparecem realmente sem que se saiba de onde e como foram feitas. Segundo a ufóloga inglesa Nancy Talbott, uma das maiores pesquisadoras do fenômeno em todo o mundo e presidente do BLT Research Team, há como saber se as marcas nos campos foram feitas pelo homem ou não. “Nos locais onde foram encontrados 'crop circles' notamos presença de quantidades anormais de radiação eletromagnética; hastes de plantas dobradas e não quebradas; alterações biofísicas nas plantas; e campos magnéticos fortes”. Neste último caso, relatos afirmam que aparelhos elétricos e magnéticos, como câmeras, bússolas e celulares, não funcionam no interior dos círculos. Por mais que se fale em agroglifos, esse é um tema ainda muito desconhecido também para os pesquisadores. “A primeira razão para se estudar os “crop circles” é justamente porque ninguém sabe, de fato, o que causa esse fenômeno. Nosso grupo tenta obter tantas informações quanto possível sobre as energias envolvidas, estudando as plantas e os solos do interior desses círculos. Dessa forma, comparamos com o plantio que não foi atingido”, comenta Nancy.

Origem dos agroglifos

Ao longo dos anos, algumas teorias sobre o surgimento dos “crop circles” foram desenvolvidas. Além da ideia de que extraterrestres ou “inteligências superiores” estão tentando comunicar algo, a possibilidade defendida por Nancy é a de “vórtices de vento” ou “energias de plasma”, sendo assim um fenômeno meramente meteorológico.
É como se fossem “bolas de luz” em colisão com o planeta. No entanto, não se sabe de onde essas “bolas de luz” vêm e nem como se formam. “Achamos que é possível haver um sistema energético de plasma desconhecido dos pesquisadores. O encontro de uma descarga elétrica muito alta com uma descarga elétrica muito baixa. Essas duas energias, em contato com a superfície da Terra, poderiam criar essas marcas”, explica a presidente do BLT Research Team. Há também os que acreditam que os círculos são criados espontaneamente por uma espécie de força geo-magnética. No entanto, Nancy não descarta a possibilidade dos agroglifos serem feitos por outras formas de vida. “Não sabemos nada sobre extraterrestres.
Não temos como saber se eles estão ou não envolvidos. Se eles existem, se estão presentes na Terra, quem pode saber o que seriam capazes de fazer?
Eu acredito que as energias naturais terrestres poderiam ser manipuladas por alguma outra forma de vida, mas, como disse, não há informações científicas disponíveis que comprovem isso”.
E completa: “Há muitos relatórios que associam o surgimento de fenômenos incomuns com discos voadores, inclusive os 'crop circles'.
Penso que muitos são verdadeiros, inclusive um que fala sobre uns tubos de luz brilhante que ocasionou em uma formação de desenhos na Holanda, em 2001. Mas se existe uma relação direta entre discos voadores, extraterrestres e os círculos é, neste momento, desconhecido”.

Céticos

Para os céticos, o fenômeno é bastante simples de entender: todas as marcas foram feitas pelo homem, não há relações com “energias de plasma”, forças geo-magnéticas e muito menos com extraterrestres. Um acontecimento que auxiliou a fortalecer a teoria daqueles que não acreditam no mistério dos círculos nas plantações data de 1991, quando dois aposentados ingleses, Doug Bower and Dave Chorley, confirmaram a produção de mais de 250 “crop circles” desde 1978. No entanto, os cerealogistas (investigadores dos círculos) não ficaram satisfeitos com a declaração e afirmaram que seria impossível dois senhores de idade fazerem círculos de tamanha engenhosidade, enganando, assim, todos os investigadores por mais de uma década.
Os pesquisadores colocaram o fato como uma armação dos governos americano e alemão, juntamente com o Vaticano, para desestimular a busca pela verdade e desmoralizar os pesquisadores. Para os integrantes do “The Circlemakers”, grupo que produz círculos ingleses, as marcas nos solos nada mais é que um fenômeno cultural, não tendo nada de místico.
Em seu site (www.circlemakers.org), eles mostram técnicas e dão dicas de materiais utilizados para a construção dos círculos. Trazem explicações de como é a brisa batendo nas fitas usadas para marcação que gera os sons estranhos relacionados ao fenômeno, além de ensinar a escolha do melhor local, onde estacionar o carro durante a noite e, principalmente, como enganar os cerealogistas fazendo o círculo parecer "genuíno". “Particularmente, não acredito que estes círculos são feitos por extraterrestres, mas respeito muito a opinião da ufóloga inglesa Nancy Talbott. Ela foi uma das poucas pessoas no mundo que fez uma pesquisa usando elementos da ciência a fim de decifrar este mistério”, diz Milton Dino Frank Junior, presidente do Centro de Ufologia Brasileiro (CUB).

No Brasil


Segundo informações do CUB, já foram encontrados vários agroglifos, inclusive alguns bem antigos, no Acre, em plena floresta. “Mas entendo que um caso de agroglifo ou 'crop circles' no Brasil, para que a gente possa estabelecer um parâmetro de comparação com o fato oriundo da Inglaterra, teria que ser agroglifo em plantio de trigo, ou cereais”, diz Milton. Sendo assim, o primeiro caso registrado no país foi justamente no dia 10 de novembro de 2008, na cidade catarinense de Ipuaçu. “Depois que apareceram os círculos de Ipuaçu o fenômeno virou uma febre no Brasil e vários outros círculos semelhantes surgiram não só em Santa Catarina, como também no Rio Grande do Sul, em plantios de trigo”, disse Milton.

domingo, 15 de março de 2009

AirPod. Movido a ar.




AirPod é como um carro inteligente cheio de ar quente (sim, este é o objetivo).
Esse post é quase retrô, já que carros a ar comprimido já foram propagados por empresas como a MDI pelos últimos 20 anos. Mas esta cápsula movida a ar comprimido, o AirPod, é inteiramente nova.
O carro de três lugares é movido pelo sistema proprietário da MDI de ar comprimido, que usa eletricidade para forçar o ar a mover os pistões do motor. O carro pode vir a aparecer nas ruas dos EUA a partir de 2010 e possivelmente na Índia e na Europa um pouco antes.A autonomia, como era de se esperar, é um bocado limitada.
O AirPod vai até mais ou menos 65 km/h e roda aproximadamente 210km entre as cargas.
Quando o tanque estiver vazio, enchê-lo é um processo descrito como sendo “extremamente rápido” se você tiver um posto de ar comprimido especializado à disposição. Caso contrário, você terá que usar um compressor de ar manual tradicional.
Pense assim: seria como encher os pneus da sua bicicleta, só que maiores.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Roy Fox Lichtenstein



Roy Fox Lichtenstein (Nova Iorque, 27 de outubro de 1923 — Nova Iorque, 29 de setembro de 1997) foi um pintor estado-unidense identificado com a Pop Art.
Na sua obra, procurou valorizar os cliches das histórias em quadradinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa.
O seu interesse pelas histórias em quadradinhos (banda desenhada), como tema artístico, começou provavelmente com uma pintura do rato Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Nos seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características da banda desenhada e dos anúncios comerciais, e reproduziu à mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos.
Empregou, inicialmente, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das histórias. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno.
O resultado é a combinação de arte comercial e abstracção. Roy Fox Lichtenstein usava cores como: azul marinho, amarelo, vermelho e branco.
Ele fazia contornos em preto, para realçar mais suas pinturas.

Across the universe. Uma obra imperdível pra quem curte Beatles.




Algumas das melhores idéias são aquelas que eram óbvias, mas ninguém tinha pensado (ou realizado) antes. Por isso é tão difícil acreditar como ninguém tinha feito ainda um filme como Across the Universe (2007), que usa apenas, única e exclusivamente músicas dos Beatles para contar uma história de amor.
Sorte a nossa que o projeto ficou nas talentosas mãos de Julie Taymor, premiada por seus trabalhos em Frida e na adaptação de O Rei Leão para a Broadway. Por ter vivido os anos 60 como recém-adolescente e visto seus irmãos mais velhos passando pela juventude em meio à guerra do Vietnã, faculdade, drogas e o movimento hippie, ela consegue recriar fatos e momentos marcantes daquela movimentada década como pano de fundo para o relacionamento vivido por um rapaz de Liverpool chamado Jude (Jim Sturgess) e uma jovem estadunidense de nome Lucy (Evan Rachel Wood).
O inglês chega ao novo continente em uma busca pessoal de autoconhecimento e um pouco de aventura. Logo de cara, no campus da famosa Universidade de Princeton, conhece Max (Joe Anderson), irmão de Lucy.
A amizade entre os dois rapazes é imediata, tal qual a cumplicidade entre John e Paul. Morando em Nova York, eles conhecem a cantora Sadie (Dana Fuchs), o músico Jo-Jo (Martin Luther McCoy) e Prudence (T.V. Carpio), fechando assim o grupo de personagens principais à trama. Como em um espetáculo musical, cada um tem ao menos um momento solo garantido, entoando uma canção do quarteto de Liverpool.
Letras não são modificadas, mas melodias e o momento pelo qual os personagens passam podem dar novos entendimentos aos clássicos do Fab Four. Assim como os discos gravados nos estúdios Abbey Road, cada uma das 33 músicas escolhidas se encaixam perfeitamente, e ajudam a contar a história e os dramas vividos pelos pesonagens.
Porém, como as músicas são executadas da primeira à última nota, a duração de Across the Universe acaba demasiadamente longa, problema que todo beatlemaníaco vai ter de aturar em respeito ao legado da banda - assim como já fazem há mais de 30 anos com Yoko Ono.
Algumas cenas da fase psicodélica poderiam ter ficado de fora, assim como a personagem Prudence, que claramente só está ali para que "Dear Prudence" seja cantada.
O momento é tão belo quanto a canção, mas em nada altera a trama central e por isso poderia facilmente ter ficado na sala de edição, deixando ali apenas a referência para quem é fã do quarteto, ao lado da irmã de Lucy e Max, que se chama Julia, ou a maçã cortada por Jude, alusão ao selo musical Apple, fundado pelos Beatles em 1968.
Com participações especiais de Bono (como hippie Dr. Robert cantando "I am The Walrus"), Joe Cocker (triplo papel de um cafetão, mendigo e hippie emprestando sua voz rouca para "Come Together"), Salma Hayek (dançando "Happiness is a Warm Gun" vestida de enfermeira) e do comediante Eddie Izzard (o apresentador do circo em "Being For the Benefit of Mr. Kite!"), Taymor consegue ganhar também a atenção de outros públicos.
Não que precisasse, afinal, "love is all you (we) need".
P.S. Levando em consideração toda a importância que as letras das músicas têm na história, a distribuidora brasileira deveria ter legendado também as canções dos Beatles.
Imperdível!!!!